Acessibilidade: Instrumentos musicais eletrônicos também precisam dela!


Tempo de leitura: 2 minutos

Olá caros amigos e leitores! Tudo bem?
Pois, comigo tudo.. Já a muito tempo venho com um problema no que diz respeito à acessibilidade e usabilidade, com o qual não consigo me conformar: Hoje os cegos tem acesso total e pleno à informática, nos mais diversos sistemas como linux, windows e mesmo sistemas apple; Mesmo equipamentos como celular, iphone e outros na área da comunicação já tem acessibilidade. Um cego, só para dar um exemplo, hoje em dia compra um iphone e basta dar três toques na tecla “home” e o sistema começa a falar dando acesso por voz a todas as funções, ou o cego pode pedir pra uma pessoa que enxerga ativar o leitor de telas, que também é possível e integrado. Mesmo nos computadores isso é possível, o próprio linux ubuntu por exemplo já vem com fala integrada em vários idiomas.. Mas eu fico pensando: E os instrumentos eletrônicos? Nunca ninguém levantou a questão que, também para eles, (E mais do que tudo), seria necessário incluir opções de acessibilidade?

Vou dar meu próprio exemplo: Tenho um teclado Yamaha, PSRS-900; Faz 5 anos que eu o tenho, e posso garantir que, até hoje, não uso nem 50% das funções dele! Um cego pra usar um teclado, além de decorar as funções (Todas que puder), ainda tem que “adivinhar” em algumas vezes o que aparece na tela e o que vai poder responder (Por exemplos perguntas do tipo se quer salvar o arquivo, se quer alternar sem salvar, etc)..

Então imaginem o seguinte: Empresas como a Yamaha, a Roland e outras que fabricam instrumentos eletrônicos poderiam fazer como fez o pessoal da Apple, ou da distro ubuntu, no caso do linux, e colocar fala integrada nos seus sistemas bem como sistemas de ampliação de telas para visão subnormal. Fazer um teclado especial para visão subnormal ou cegos totais, com sistema de fala e ampliação seria contraproducente, já que ou os cegos teriam que se limitar a comprar somente aquele modelo se quisessem ter acessibilidade, ou aquele modelo teria que ser fabricado exclusivamente pela (E para) a acessibilidade.

Contudo, se essas empresas fizessem como fez a apple, ou o pessoal da distro ubuntu, por exemplo, e colocassem a acessibilidade como pré-requisito básico em seus sistemas, um cego poderia comprar um teclado qualquer em uma loja por exemplo, e além de já sair tocando, fazê-lo já com acessibilidade, dependendo apenas de usar uma pequena combinação de teclas para a ativar.

Então, o que pretendemos com esse artigo e a manifestação que estamos fazendo nas redes sociais é conscientizar essas empresas de que, além de ter um grande volume de gente que usa seus equipamentos e que necessita acessibilidade neles (Como teclados, baterias eletrônicas, gravadores digitais e etc), ainda há uma grande necessidade de acessibilidade para esses equipamentos devido ao grande número de funções que os mesmos possuem e que, nem para todas, o antigo método da “decoreba” funciona.

Finalizo por aqui esse pequeno artigo então na expectativa de que os responsáveis nessas empresas que fabricam esses equipamentos (Como Yamaha, Roland, Zoon e outras) possam dar a devida atenção a nossa causa e que, em breve, eu venha a escrever outro artigo comemorando a solução deste problema e os avanços na acessibilidade também no âmbito dos instrumentos musicais..
Um abraço
Fernando

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21 respostas para “Acessibilidade: Instrumentos musicais eletrônicos também precisam dela!”

  1. Olá Fernando, apoio totalmente essa ação. Um dos motivos de não ter comprado teclado, já que estudei piano por um bom tempo e querer um instrumento em casa que aproximasse um pouco do piano. Foi justamente a dificuldade de trabalhar com esse tipo de instrumento. Ter que ficar decorando, para usar ritmo, trocar de instrumentos e outras coisas.

    Um abraço

  2. Pois é.. Meu intuito com esse artigo é justamente mostrar às empresas
    que fabricam instrumentos musicais eletrônicos a importância da
    acessibilidade nesse ponto. Afinal, nem tudo se resolve com a decoreba e
    eu já “paguei o preço” disso na prática inclusive em apresentações.. As
    vezes aparece uma mensagem qualquer, tu não sabe que ela apareceu e por
    causa disso algo dá errado; Se tivesse acessibilidade, pronto, resolvido
    o problema; O sistema falava as menságens (Como faz um leitor de telas)
    e a gente podia acompanhar com perfeição!

    Um abraço

    Fernando

  3. Fernando;
    Embora você talvez tenha alguma razão teórica em querer acessibilidade para teclados e outros instrumentos eletrônicos, na prática isso não funcionaria. Os motivos são 2:
    1: A arquitetura de cada sistema é diferente, principalmente em relação a construção das funções. Teclados e outros dispositivos no geral possuem pouca memória e hardware fraco, necessário apenas para o uso do sistema e a reprodução dos efeitos. Qualquer leitor de telas por mais simples que fosse precisaria que um teclado por exemplo tivesse o dobro de memória, o que elevaria bastante o custo dele.
    Assim sendo, além de ser quase impossível programar o leitor de telas já que não há um meio interativo entre sistema e aparelho, mas sim apenas o sistema básico do aparelho, o custo de hardware seria incrivelmente maior. É como um leitor de telas para uma BIOS ou WIFEE, por exemplo.
    2: Impossibilidade técnica.
    Imagine Fernando, por exemplo que voc~e vá criar um leitor de telas para microondas.
    Ele precisa de uma função memorizada para cada função do microondas, afim de te avisar quando está no módulo de descongelamento, módulo de cozimento, módulo de fritura, secura, pipoca, etc. Para alem disso, imagine que você tenha que criar 5 funções diferentes para cada função. Ou seja, é um esforço sub humano para uma coisa que não precisa ser tão difícil.

    Por fim, digo que mesmo que a acessibilidade seja necessária, as pessoas que dependem dela deveriam parar de cobrá-la como uma coisa obrigatória, e tornar o sistema um pouco mais atrativo para quem teria que implementar acessibilidade.
    Ao invés de forçar as empresas com leis, órdens, sanções e etc, por que não mostrar mercados, opções, dar ideias, dar ajuda e auxílio?
    É seu direito cobrar acessibilidade? Sim:>
    É obrigação da empresa dar acessibilidade? Não:
    Então, enquanto houver esse empasse, a acessibilidade não virá.

    E, como você aparenta ter bons conhecimentos de IOS, imagino que tenha um Iphone. Neste caso, se precisar de algum instrumento e estiver com ódio do seu teclado, use o Garageband. É um software totalmente acessível, intuitivo e de fácil manipulação.

    Abraços, e bem… boa sorte. 🙂

  4. Olá Jonas..

    Compreendo as questões técnicas que você colocou, mas, infelizmente,
    elas estão meio desatualizadas: Hoje em dia um teclado trabalha
    diretamente com MP3, pen drive, e mesmo os sistemas para os respectivos
    instrumentos seguem um certo padrão de construção, o que viabilizaria
    essa questão da acessibilidade. Ademais, já que você falou em
    microondas, receio que os sistemas desses equipamentos sejam bem menos
    potentes no quesito processamento e memória; Contudo, já se criou
    microondas acessível e nem é tão elevado assim o custo pelo que eu sei.
    Então, se já se pode criar sistemas de acessibilidade num simples
    microondas, por que não se pode colocar isso pra funcionar nos
    instrumentos eletrônicos? Partamos do princípio do gravador digital, que
    eu também mencionei no meu artigo: Tem sistema muito mais limitado que
    um teclado também; Contudo, já existe alguns gravadores digitais “que
    falam”.. Então isso que você argumentou realmente foi falho nesse
    sentido. Se a gente tivesse pensando nos instrumentos de 20 anos atrás,
    isso seria válido. Contudo, hoje em dia, não mais: Eles tem sistemas
    muito mais capazes (Em memória e processamento) de comportar
    acessibilidade do que outros equipamentos que já a tem, como microondas
    e certos gravadores digitais…

    Sobre o apple, sim, tenho até um iphone e tenho conhecimento, mas penso
    que ter um teclado de 5000 reais em casa, por exemplo, e ter de se
    limitar a usar um sistema como o garage band por não ter acessibilidade
    no próprio equipamento e se contentar com isso é, no mínimo, absurdo..

    Um abraço

    Fernando

  5. Apoiadíssimo caro Fernando! O que não podemos nem devemos é nos contentar com a inacessibilidade. Eu por exemplo tenho até hoje um psr 510, e não o troco de modo algum, justamente porque não há nenhum que o possa substituir em termos de acessibilidade. Ainda que eu tenha que usar o método da decoreba como você falou, tenho condições de usar e programar sozinho meu teclado. visite meu canal enxergabrasil, ou mrmarcosaleandro, no youtube e veja algumas apresentações minha ao teclado. E para a informação dos desatualizados que além de não ajudar em nada só apenas criticando as medidas que tomamos para reinvindicarmos o que é direito nosso, já existem teclados até com hd interno. Hoje, os teclados são verdadeiros computadores. Inacessíveis, mas computadores. Por hora fico com meu psr 510.

  6. Exatamente! E alguns teclados tem mesmo mais capacidade que certos computadores por aí. Ademais, um teclado que é capaz de lidar com vocalist, sampleamento e etc, poderia perfeitamente ter incluso um software de fala para suas funções sem grande demanda de processamento/memória. Além disso, como já falei, essa opsão poderia ser ativada se necessário sem precisar de se produzir um teclado especial para dvs.

    Um abraço

    Fernando@Marcos André Leandro

  7. Concordo plenamente com o assunto em questão. Acho inclusive, que grandes nomes da música, pessoas que também teem deficiência visual por exemplo, deveriam vestir esta camisa. Quem sabe ainda, fazermos um bom levantamento de dados, referente às pessoas que utilisam esses instrumentos, que por sinal, são muitos, e mandar para as empresas. Talvez não seja tão difício assim atingir esses programadores, até mesmo porque, como já citado em comentários acima, existem rotinas muito mais complexas em produção de efeitos, timbres, etc, etc, etc, acredito inclusive, que para um instrumento como o teclado por exemplo, seria talvez até menos complexo implementar acessibilidade por meio de síntese de voz, uma vez que esse tipo de instrumento já faz uso nativamente de recursos de timbres, sintetisador e/ou demais atividades como as já citadas, e que exigem muito mais memória do que precisaria para fazer com que um leitor de telas falasse e/ou que o conteúdo fosse descrito por um dispositivo braille.
    Por essas e outras, vou também publicar e divulgar este artigo em todos os locais que puder, e acho que seria verdadeiramente interessante se cada um de nós pelo menos, interessados numa melhor performanse musical, espalhasse também esse artigo. Obrigado e parabéns Fernando pela iniciativa.
    Fabiano.

  8. Prezado Jonas,
    Já que você é contra a Acessibilidade, por quê não segue sua vida e deixa lutar quem quer lutar?
    Você pensa que esses comentários desmotivadores a toda e qualquer ação concernente a acessibilidade ajudam? Pensa que eles contribuem? Jamais. Tem o condão apenas de desestimular, com argumentos completamente inóquos, aquelas pessoas que estão lutando pela acessibilidade. Sim, é obrigação das empresas fornecer produtos acessíveis. Antes de mais nada, trata-se de uma obrigação moral. Em um segundo momento, é uma obrigação também legal. Em um terceiro momento, uma obrigação de mercado: 25% dos brasileiros hoje tem alguma deficiência. Quem não trabalhar com acessibilidade e desenho universal, vai vender menos.
    Quando você amadurecer e compreender que a acessibilidade está diretamente ligada à dignidade humana, junte-se a nós e utilize toda a sua inteligência argumentativa em prol dessa causa. Até que isso aconteça, porém, reduza-se à insignificância da sua imaturidade, pois tudo o que não precisamos é de uma pessoa com deficiência contra os demais.

  9. Concordo em gênero, número e gral. Além disso, é muito fácil lutar
    contra acessibilidade tendo inteligência pra formular bons argumentos
    quando convém se aliar aos maiores; Contudo, gostaria de lembrá-lo que
    até para lutar contra a acessibilidade, você, que também é cego, precisa
    da acessibilidade! Imagine como seria se todos pensassem assim como você
    (Temos direito de exigir, empresas não tem a obrigação de fazer)? Você
    mesmo, hoje, não estaria escrevendo através de um celular como disse que
    estava fazendo, e talvez não tivesse nem um computador pra fazer isso.
    Se não quer se unir a nós na causa em favor da acessibilidade (Seja onde
    e como for), por favor fique de fora ao invés de tentar argumentar
    contra isso.. Até por que, pelo que eu sabia, você tem bastante
    conhecimento de programação e outras coisas, mas seus conhecimentos em
    matéria de instrumentos eletrônicos estão deveras desatualizados.

    Um abraço

    Fernando
    @Diniz

  10. Ta´mbém sou músico (saxofonista e flautista) e, apesar de trabalhar com instrumentos puramente acústicos, compreendo e apóio plenamente esse movimento. A indústria deve sim se adequar aos novos tempos, em que o cego já possue voz para se manifestar e a tecnologia permite que se tenha acesso a todos esses recursos. Acessibilidade não é um item para ser considerado apenas em micros e celulares! Somos partícipes de um tempo em que o futuro está se desenhando. Precisamos cumprir o nosso papel. Só assim, daqui a alguns anos – espero que breves – todo e qualquer equipamento eletrônico já virá acessível de fábrica! Abs, Glauco Cerejo.

  11. Só dando continuidade a esse assunto, fico stático, incomodado, pasmo e absurdamente preocupado em saber que pessoas que convivem tão perto dos cegos, ou ainda que até possuem uma deficiência visual, são capazes de argumentar contra a acessibilidade, pessoas que acredito eu, que nem são de fato contra ela não, e que por sinal, até precisam dela, mas que medilcrimente, ficam presas a idéia de que sua inteligência está presa ou só tem maior valia se estiver vinculada a opinião dos demais “grandes”, “maioria”. Uma grande verdade nessa história toda é que se a acessibilidade fosse seguir o rítmo desses pecimistas, ditos intelectuais, nunca teria chegado onde chegou. Os próprios celulares possuem muitas vezes sistema e hardware mais simples do que muitos teclados de hoje em dia. Não podemos nos prender a idéias e/ou discursos tão pobres de verdades de fatos. Isso não é uma afronta e nem tão pouco um insulto a pessoa que fez um comentário tão negativo neste poste em questão, não, mas sim uma maneira de tentar dizer: vamos fazer de tudo, ou o máximo possível para espalhar a nesessidade da inclusão em todos os meios. Não estou falando aqui para não comentarem os problemas, impecílios, etc, isso seria fazer “vista groça” da realidade. Mas, por um outro lado, foi entre aspas “fazendo vista groça de uma realidade tão remota, que os dispositivos móveis de hoje chegaram à serem mais acessíveis a nós deficientes visuais.
    Peço descupas pelos erros gramaticais e ortográficos, que são muitos.
    Abraços. Fabiano

  12. Desculpe o atraso, mas é que meu PC estava precisando de reparos, e hoje, quinta-feira, ouvi o manifesto sobre acessibilidade em instrumentos musicais eletrônicos, como baterias e teclados. Posso falar sobre este assunto, pois uso um teclado Yamaha. Contudo, o método que utilizo é o de decorar as funções do mesmo, o que penso ser bastante desagradável. Em certos momentos, preciso da ajuda de um olho amigo para fazer ajustes mais complexos, como mudar a tonalidade do som sintetizado ou alterar as propriedades do som.
    Concordo plenamente com vocês, e nem mesmo um comentário tão desmotivador poderá tirarmos dessa batalha contra o inacessível. Estou às ordens para qualquer luta desta magnitude, e agradeço ao Fernando por ter se lembrado de nós, cegos utilizadores de instrumentos digitais.
    Bem que eu gostaria de trocar meu teclado, pois julgo ser muito limitado em diversos pontos, como a não aceitação de pendrives e outros dispositivos que armazenam arquivos.
    Estamos lutando por um ideal que não pode ser quebrado pelo desânimo e por maus argumentos. Espero que nosso sonho seja realizado. Penso que quem sonha sozinho não consegue, mas quem acredita no sonho coletivo poderá gerar muitos frutos.

    Abraços.

  13. Bravo Diniz! Sabe o mais interessante, quando comecei a ler o texto do rapaz, antes de ouvir o nome de quem escreveu, eu já tinha certeza que nome ouviria. Por que será? Se até relógios de R$20,00 tem dispositivo de voz, imagine um teclado de R$18.000,00.

  14. Olá Fernando e aos demais leitores deste excelente blog!
    Surpreendido da forma como o assuntto chegou a tais proporções ao ponto de termos aqui vários comentários positivos acerca da falta de inacessibilidade desses instrumentos eletrônicos. Inclusive foi algo que eu e o Fernando estávamos comentando no twitter e que nos motivou a levar mais a fundo essa iniciativa.
    Totalmente desnecessário e infeliz o comentário do Jonas. O nosso amigo Marcos frisou muito bem a existência daqueles relógios que falavam as horas, quem nunca chegou a ter aquilo?
    Pois é, numa época em que a tecnologia ainda estava em constante progresso, isso era uma novidade.
    Os primeiros celulares da Nokia que receberam aplicativos de leitura de tela em voz sintetizada também são exemplos disso. tinham o hardware muito fraquinho, mas já era possível executar as funções mais básicas do telefone. Isso foi mudando à medida em que começavam a surgir novos aparelhos.
    Mas, em instrumentos musicais, isso realmente nunca aconteceu.
    Inclusive tem um teclado da marca korg, chamado pa500. Ele é totalmente touch, ou seja, um cego que quiser tocar nele, além de ficar incapacitado de desfrutar dos recursos do teclado, vai se limitar a usar apenas o primeiro timbre do equipamento. Por quê?
    Por falta de acessibilidade.
    Os teclados da yamaha na época já eram mais acessíveis e o método da “decoreba” era bem mais fácil. Por exemplo, era só saber o número dos ritmos e dos respectivos timbres. Hoje é tudo por categorias.
    Apesar de ser uma forma de organizar os itens, isso atrapalha na hora de procurar o timbre desejado ao vivo. Por sorte ainda temos um recurso chamado “banco de timbres” que nos permite deixar armazenado o timbre desejado e demais ajustes. Com tudo, sempre há a necessidade de ter que mexer ao vivo, nesse caso, a coisa já se complica um pouco mais.
    O que acontece na verdade é a falta de interesse dessas empresas de investir nisso, porque tecnologia a gente já tinha desde que foram implementados em equipamentos mais simples. Pelo menos, mesmo que não houvesse ainda a possibilidade de colocar isso em equipamentos mais complexos, como é o caso, já havia como pensar nisso.
    Temos que mostrar para estas que nós, cegos, também somos público alvo desses equipamentos, logo, a acessibilidade deve estar presente.
    Existem muitas funções dos teclados de hoje que realmente não há como acessar através da decoreba, são muitos detalhes que a gente acaba sendo obrigados a internalizar e fácil esquecer depois.
    Por outro lado, temos que observar que o touch nesses instrumentos musicais também vão começar a se fazer mais presente. E aí, como vamos ficar?
    Não vão existir mais os botões…
    Então, é importante sim que buscamos o direito de ter acessibilidade também nesse quesito. Muitas coisas evoluiram tecnologicamente para melhor.
    Com os computadores já era assim. A quantidade de memória e de processamento eram relativamente sinples e já se pensava numa forma de fazê-lo falar.
    Na época era complicado, nem placa de som tinha, que é essencial. Era uma época que a síntese de voz era precária.
    Enfim…. Vamos continuar lutando por essa causa, vai favorecer a todos nós músicos, que precisamos de acessibilidade e, acima de tudo, de agilidade.
    Um forte abraço a todos!

  15. Quem é o retardado que fala que acessibilidade não é dever das empresas?
    vive então sem acessibilidade bonzão.
    Sei que a parada aqui é teclado e instrumentos eletronicos, porém o que foi contestado pelo Jonas é a questão da acessibilidade.

    Bom, sem a falta da acessibilidade, nem se aventurar na programação como a maioria de nós aqui gostamos de fazer não seria possível.

    Cara se não tem o que falar, fique na sua.

    Com certeza já passou pelo momento de ter uma TV por assinatura em casa e nem poder utilizar os 100% de recurso que é disponível.

    Outra, vai se atualizar pois está bem fraquinho de conteúdo. Para quem gosta de informática, ficar fechado apenas em um mundo não é legal. Passe a enxergar outros sistemas e saber como eles funcionam para depois expor suas ideias.

    Teclados digitais tem sim a possibilidade em armarzenar recurso de vóz em seus sistemas.
    não estamos falando de um leitor de tela onde se ler N coisas. Cara é bem simples! Funçoes pré-definidas.

    Quer saber, acho que você é tipo da queles caras imaturos que só falam bobagem para chamar a atenção. Chega, não vou te dar mais moral.

    Continuando:

    Eu sou baterista porém também curto muito teclado.
    Não toco o quanto sei tocar batera porém dar para sair um som bacana.
    O fato é que comprei um teclado da yamaha psr s650 a pouco tempo e sinceramente estou tendo que adotar o metodo da decoreba algo que não faço há muito tempo.
    Porém nem sempre funciona pois são varias opções onde se tem que confirmar, acessar outras telas e etc.

    Eu estou com uma dificuldade em criar os estilos pois é totalmente complicado saber onde que estão as opções.

    Hoje já consigo adicionar vários strings e fazer algumas coisas. Porém o que eu quero, rsrs é impossível até o momento.

    Mas vou tentando.

    Muito legal fernando em criar esse post.

    Abraços para todos!

  16. Muito bom o artigo, vou divulgar também.
    Acabo de adquirir o teclado psr-s670 da yamaha e, como era de se esperar, nada de acessibilidade. O instrumento conta com muitos recursos e, como vocês já citaram, não vou poder utilizar nem a metade deles com total independência. Vou pedir ajuda a um bom par de olhos e fazer uma imensa cola para operações mais complexas. Isso resolve o problema? Não, resolve um décimo dele, o que já sabemos que não é totalmente eficiente mas sim muito frustrante: pagar por um produto e ficar impossibilitado de usar na totalidade o que ele me pode oferecer…
    O bom e velho decoreba é claro que ajuda. Porém, em operações em que temos que manipular ritmos, músicas e outros arquivos, lá se foi o decoreba, a menos que se decore também o conteúdo do pendrive.
    Vamos sim tentar conscientizar essas empresas pois somos consumidores e merecemos consideração. Afinal, não estamos pedindo nada, estamos comprando tais produtos.

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